sábado, novembro 15, 2003

Só na fé
De novo, o governo fazendo tudo certinho, agora mais do mesmo. Superávit fiscal, diminuição da dívida pública atrelada ao dólar, todo mundo estimulando a exportação e por aí vai. Ao fim de um ano de posse do PT, ninguém discute que o Brasil pulou de cabeça no receituário “O mercado é tudo de bom!”. E, mais uma vez, os otimistas apostam que o País do Futuro está logo ali, na esquina. Claro, isso se não houver outro ataque terrorista ao império. Ou se uma bomba nuclear russa não explodir em algum lugar. Ou se não der “piti” no pcbão chinês. Ou se não pipocar outro Enron ou uma estagiária para o Bush. Ou se os palestinos não acabarem com os judeus ou vice-versa. Ou se... Diacho, será que pra dar certo a gente tem de rezar, fazer macumba, pé-de-pato, mangalô três vezes? Será que só com fé? O problema é que, nesse caso, ao contrário do que Gil dizia, a fé costuma falhar.