quarta-feira, fevereiro 15, 2006

RIAA chora

Lawrence Lessig deve estar rindo à toa. Os caras do Arctic Monkeys detonaram. Para quem não sabe, é uma banda inglesa daquelas que as gravadoras globais odeiam. No dia 22 de janeiro, lançaram um CD nas lojas. É claro que já dava pra baixar as músicas de graça do site muito antes disso, desde outubro. Fracasso? Que nada. Venderam mais em 7 dias do que todo o Top 20 britânico junto. E ainda devem ganhar um prêmio hoje. É a prova de que os "doidos" do Creative Commons estão certos. Downloads gratuitos dão mesmo dinheiro. Muito dinheiro. Será que a RIAA agora acorda?

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Inovação e porrada

A Nokia é uma daquelas empresas que volta e meia eu sou obrigado a elogiar. E não é porque eles levam jornalistas legais pra Barcelona. Nada a ver. Mas eu acho que os finlandeses fumam alguma droga alucinógena. Primeiro, sairam dos produtos mais banais para a telefonia móvel. É o que um colega meu (um dos cinco leitores desse blog) chamaria de "turnaround". Aí, pra não deixar a peteca cair, estruturaram a empresa em pequenas células, ágeis e espertas (muuuito antes do Google). Bom, há pouco tempo andaram às turras com uma conhecida operadora brasileira pra vender celulares que baixam músicas do computador por bluetooth. E agora, olha só, finalmente eles vendem um fone (o 6136) com VoIP. Vez ou outra a empresa "líder de mercado" também é legal e compra brigas muito boas. Às vezes.

sábado, fevereiro 11, 2006

Google lava-pratos

Não, não é a última investida do casal Google. É só um post de fim de semana, meio atrasado. Quando os caras estiveram no Brasil, quase foram pra cozinha lavar pratos. Tá, na segunda eu volto a ser sério (ou quase).

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Delícia de negócio

Parece que a venda do Del.icio.us para o Yahoo não afetou a disposição dos fãs. Tenho visto muito isso ainda na net, os elogios continuam. O site organiza e compartilha os endereços favoritos que o usuário encontra na internet. Parece simpático, né? A empresa de Jerry Yang e David Filo teria pago 30 milhões de dólares pelo Del.icio.us. Coisas da web 2.0. Claro que não é nem perto dos 5,7 bilhões de dólares pagos pela Broadcast.com em 1999. O que torna a história do Del.icio.us curiosa é que os investidores, entre eles Tim O'Reilly, admitiram publicamente que ainda não estavam ainda certos qual seria o modelo de negócios. O Yahoo chegou na hora certa.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Como nasce uma tendência

Ver o parto dessa Web 2.0 está sendo interessante. Em maio, pensei em escrever algo sobre uma nova internet. Acabei indo fazer outras coisas e comi bola. A Business Week não. Foi rápida e fez a primeira matéria de peso. Os pais do "modismo" foram Tim O´reilly e sua trupe, que deram nome e berço pra criança. Claro que o Sílvio Meira fez um post legal logo depois. Em janeiro, a imprensa brasileira finalmente acordou e alguns veículos arriscaram umas matérias. Chegaram a dizer que a Web 2.0 eram alguns produtos que ameaçavam a Microsoft. Tem um pouco a ver, mas teria de ser um mundo muito pequeno se fosse só isso. Bom, tudo isso pra dizer que finalmente na semana passada escrevi algo a respeito, tá saindo nessa próxima edição da Foco Economia. Espero que gostem.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Nada escapa

Ano passado, a Fast Company fez um brincadeira em que terceirizava a apuração e edição de uma página para a Índia. Foi interessante, mas eles fizeram um pouco de troça da idéia. Agora, lendo o mais do que badalado "O Mundo é plano", vi que o jornalismo já virou objeto do offshore faz tempo. Lá fala de como a Reuters já tem 300 jornalistas indianos de prontidão só para analisar resultados das empresas. Trabalho mecânico, sem análise. Ok, mas o próprio autor conta que começou na carreira fazendo isso. Afinal, ninguém começa do topo, certo? Nessas horas, acho ainda mais legal ter nascido cultivando a "última flor do Lácio, inculta e bela" (é, cara, o idioma dos portuga).

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Software ou álcool?

A galera dos bits pode estar com uma ponta de inveja do pessoal da cana. O casal Google vem ao Brasil e fica fissurado é em uma usina. O Bill Gates olha pra cá e também só se interessa no matagal. A Veja (eca) faz uma matéria enorme sobre o álcool, dispara a falar de inovação e dá cinco vezes menos espaço para UMA empresa campineira de software. E até o Bush (eca de novo) elogia a tecnologia brasileira dos carros bicombustíveis. É, acho que eu bebi foi é pouco.