quinta-feira, novembro 20, 2003

Carr que me perdoe, mas tecnologia é fundamental
Como toda personalidade em busca de polêmica, o editor da Harvard Business Review, Nicholas Carr, fez barulho este ano. Causou frisson ao afirmar que tecnologia não importa. No momento certo. Depois da bolha da Internet, é fácil encontrar ouvidos dispostos a ouvir uma boa crítica ao uso de software e hardware nas empresas. Mas é preciso dizer que Carr foi simplista. Se ele tivesse afirmado apenas que recursos como capacidade de processamento ou armazenamento de dados vão se transformar em “utilities” como água ou energia elétrica, seria fácil concordar com ele. Mas ele disparou sua tese em direção a toda a tecnologia da informação. “Não é estratégico”, disse. É difícil acreditar. Sempre vão haver novas tecnologias que, se bem usadas e adotadas antes do que a concorrência, vão dar a empresa um diferencial competitivo. Produtividade, agilidade e boa gestão podem ser reforçadas pelo bom uso de produtos inovadores. Quando a empresa do lado imitar o movimento, o executivo de visão já vai estar dois passos adiante. Dêem o nome que quiserem a esse profissional, CIO, CKM ou CTO. Ele vai estar atento as novas possibilidades, preocupado e investindo. E jamais será comparado a um gestor de recursos que podem ser ligados ou desligados com o apertar de um interruptor.