quinta-feira, dezembro 23, 2004

A chegada

Chegamos em Nova Delhi de madrugada. Mulheres de saris coloridos, homens de turbante, cheiro de cigarro misturado com incenso... Ainda dentro do aeroporto, fomos abordados por um indiano perguntando se queriamos um taxi. Aceitamos e, logo ao sairmos, la estava Delhi com seu transito caotico e buzinas que nunca silenciam. O taxista fez muitas perguntas, pareceu se interessar pelo fato de sermos brasileiros e buzinou muito. De repente, paramos em um local que não era nosso hotel. Tudo estava muito, muito escuro. Sujo, com pessoas dormindo ao relento e cheio de cachorros e vacas, o lugar lembrava uma favela brasileira. A maior parte da India urbana é assim. Ali conhecemos um dos golpes mais comuns e rotineiros, quase um patrimonio nacional. Ele nos convidou a sair do carro e entrar em uma loja aberta, único lugar com luz por ali. Era uma agência de viagens, com alguns indianos dentro. Um deles, bem vestido e falando bem inglês, tentou nos convencer a ficar em outro hotel e a ligar no dia seguinte para comprar um pacote turistico. Calmamente explicamos que tinhamos reserva por um dia em um hotel e que ligariamos as 10 horas da manha seguinte. Sorrimos bastante, agradecemos e entramos no carro. O motorista finalmente nos levou para nosso hotel. Nosso pequeno "sequestro" tinha acabado. A India exigia mais cuidados do que parecia.

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